Amanheço em negro
como teus olhos
furtando a cor de minha dor
sobre meus ombros
Lilases incandescentes
vagam somente por nuvens claras
é minha mente desprevenida
matizando as cores
das estrelas, em verde-limão e
pintam de branco o coração
Guardam meu pranto
perdem o tom e então,
vermelho, feito um punhal
cravado em sangue do meu desejo
perdem o tom e então,
vermelho, feito um punhal
cravado em sangue do meu desejo
O verde oliva, somatiza o que não vejo
três da manhã, vivo a insônia
azul begônia feito aflição
flor de alcaçuz não me traduz
três da manhã, vivo a insônia
azul begônia feito aflição
flor de alcaçuz não me traduz
As cores vão...as cores são...
caleidoscópico jogo numa cor fogo
caleidoscópico jogo numa cor fogo
Ponho na tela o abstrato destes sentidos:
o malva antigo, o rosa chá e o boreal
acho normal, abrir o negro dessas retinas
ir clareando do cinza ao branco os pigmentos
o malva antigo, o rosa chá e o boreal
acho normal, abrir o negro dessas retinas
ir clareando do cinza ao branco os pigmentos
Fecho os olhos, os meus, castanhos e então me lembro:
- que nem mesmo sei, o tom real de tua pele
Adriane Lima
Arte by Joanna Zjawinska
- que nem mesmo sei, o tom real de tua pele
Adriane Lima
Arte by Joanna Zjawinska
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