O que dói em mim
é que sempre,
seremos estranhos
por mais próximos que estejamos
nada vai nos
confortar
A alma aproximada, pôde ser festejada
em tantas luas , em tantos versos
entre esperas de céus na madrugadas
olhos postos a imaginar a solidão velada
Passeamos entre o barulho e o silêncio
estações ,resto de desejos, soltos no ar
folhas perdidas, entre a poesia
e a prosa que tentei te enviar
Cheiro de promessas, esculpida em cenas
fáceis de evitar, nossas criaturas trancadas
em retinas, contemplando o medo
de não transmutar a paz
Sonhos entre vontades
enganos de existir proximidades
isentamos as possibilidades
me procuro em teus escuros
onde não sei caminhar
O que sabemos, o que pensamos
seria só minha vontade de querer-te ?
extensos muros do fascínio
que um dia há de aflorar verdades
Combato a estranheza dessa luta
onde enfim , o grito preso me separa
nas ruas em que foges de mim
Adriane Lima
Arte by Tomasz Ruth
Oi Adri,
ResponderExcluirLindo texto! Tenho medo do estranho tão próximo assim como tenho receio do próximo tão distante. Penso que de um lado ou do outro somos prisioneiros.
Beijos.
Lu
Olá, Adri!
ResponderExcluirDestaquei está estrofe que achei muito linda, mágica. PARABÉNS !
"Sonhos entre vontades
enganos de existir proximidades
isentamos as possibilidades
me procuro em teus escuros
onde não sei caminhar"
Abraço,
Aureliano.