terça-feira, 1 de maio de 2012

Estranhos amantes



 
O que dói em mim é que sempre,  
seremos estranhos
por mais próximos que estejamos
nada vai nos confortar

A alma aproximada, pôde ser festejada
em tantas luas , em tantos versos
entre esperas de céus na madrugadas
olhos postos a imaginar a solidão velada

Passeamos entre o barulho e o silêncio
estações ,resto de desejos, soltos no ar
folhas perdidas, entre a poesia
e a prosa que tentei te enviar

Cheiro de promessas, esculpida em cenas
fáceis de evitar, nossas criaturas trancadas
em retinas, contemplando o medo
de não transmutar a paz 
Sonhos entre vontades
enganos de existir proximidades
isentamos as possibilidades
me procuro em teus escuros
onde não sei caminhar

O que sabemos, o que pensamos
seria só minha vontade de querer-te ?
extensos muros do fascínio
que um dia há de aflorar verdades

Combato a estranheza  dessa luta
onde enfim , o grito preso me separa
nas ruas em que foges de mim

 
 
 
Adriane Lima
 
 

Arte by Tomasz Ruth 

2 comentários:

  1. Oi Adri,

    Lindo texto! Tenho medo do estranho tão próximo assim como tenho receio do próximo tão distante. Penso que de um lado ou do outro somos prisioneiros.

    Beijos.

    Lu

    ResponderExcluir
  2. Olá, Adri!

    Destaquei está estrofe que achei muito linda, mágica. PARABÉNS !

    "Sonhos entre vontades
    enganos de existir proximidades
    isentamos as possibilidades
    me procuro em teus escuros
    onde não sei caminhar"

    Abraço,

    Aureliano.

    ResponderExcluir

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