terça-feira, 8 de janeiro de 2013

Poema Metafórico






Enquanto acreditei na forma
o amor me distraia
 

meus olhos enxergavam
mãos,onde havia lume

 

perfeita descrição
ao meu Parnasianismo insistente
em conversar com as rimas

 

mas, foi preciso ver :
formato de uma chama
interna e colorida
ou uma forma bélica
como as dores
até então,desconhecidas

 

visão que engana
onde a projeção interna
esconde o foco
embaça o verso

 

morangos mofados
li isso um dia
mas jamais achei
que encontraria
forma mais exata
para descrever
como hoje
eu me sentiria

 

a fruta vermelha
que lembra o amor
descrevia também
a minha decepção

 

nenhum poema de Neruda
me aquecerá o peito
salpicados de amores
feito estrelas na noite

 

tudo são agora pedras
de incrustadas dores

já não sangro mais
como antigamente

 

perdi o viço
deve ser isso
 

mas, meu silêncio 
não será abso(luto)...





Adriane Lima 


Um comentário:

  1. A cada dia me identifico mais com sua poesia...parece que me ler a alma. A delicadeza de suas expressões me comove.

    Adoro você!!!

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