quinta-feira, 14 de fevereiro de 2013

Porta-estandarte da dor




Poderia ser, a cegueira da escuridão
a tempestade na seca
a luz em cada disputa
Mas, não...
tudo calmo, envolto em certezas
as cartas sobre a mesa de meu coração

Sem vaidades ou
vestígios de maldades
quero me abrigar
em ruas que não tenham nomes
e somente nós sabemos
aonde vão nos levar

Infinitas saídas
nossas entradas e bandeiras
que teimamos em levantar

Nada de cantar uma canção de amor
desfigurar-se em fel ou rancor
mel adocicado da ilusão
prato que se come para cuspir no chão

Cansei de montar exércitos
para me salvar das mortes diárias
em busca de você

Hoje eu não tenho rastros, nem correntes
nossos fantasmas são diferentes
de tudo que você me prometeu

E se hoje te encontrei e me perdi
em outro tempo renasci
e se tiver que ser um dia : eu e você
nada irá nos deter

Mas, dentro do meu nada
cada porta, cada estrada
 reivindica ao meu coração
que continue te dizendo : -Não








Adriane Lima 






Arte By Andrius Kovelinas 

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