sábado, 3 de agosto de 2013

Sob o peso das escolhas

 
 
Eu não conto para ninguém
o medo que tenho da noite
eu não conto para ninguém
o medo que tenho do dia
eu não conto para ninguém
que vejo o dia nascendo
eu não conto para ninguém
que vejo o tempo morrendo
dia,noite,noite e dia
nascer,morrer
é tudo em poesia
me ensinaram a conviver
conforme a maresia
eu não durmo antes das três
para consumir  a madrugada
em meu corpo sinto o perfume
das almas desenfreadas
o doce cheiro de flores
e das lágrimas salgadas
mesmo entre lençóis
sinto a dor esparramada
silêncio agridoce
de uma voz dentro calada
e um sussurro intermitente
do relógio da cozinha
não...
eu não conto para ninguém
que eu ando tão sozinha
 
 
 
 
Adriane Lima  




Arte by Tara Juneau

2 comentários:

  1. Boa noite! Prazer estar aqui desfrutando de sua hospitalidade. “Sob o peso das escolhas” é leve como A Asa Oculta da Borboleta. E toda solidão tem um preço, não é verdade? Paguemos. Melhor é quando ao menos inspira um poema. Parabéns e obrigado por compartilhar. Ficarei feliz se aceitar um convite. Comente minha Valentina. Diga o que achar. Qualquer coisa. Serei grato. Um abraço do blogueiro!

    O http://jefhcardoso.blogspot.com ficará honrado com sua presença, Adri Lima.

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    Respostas
    1. Boa tarde Jeferson, você disse tudo...que a solidão ao menos inspire poemas!!!!!

      Irei lá conhecer teu blog.
      Obrigada pela visita,venha mais vezes voar nas Asas da Borboleta !!!

      Abraços !!!

      Adri

      Excluir

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