Sou caminhante sigo em meu papel de aprendiz e no ritmo presente observo por onde me conduzi em algum lugar do universo em alguma novidade no olhar em alguma tentativa de verso em algum cheiro familiar em algum sabor de fruta em alguma flor abrindo em algum pássaro livre em alguma manhã azul em algum entardecer laranja em alguma foto envelhecida em alguma cadeira vazia em algum tapete felpudo em alguma mesa florida em alguma chama acesa em algum barulho de chuva em alguma aeronave rasgando o céu em alguma mão acenando em alguma porta abrindo em alguma palavra faltando em algum filme romântico em algum tango de Gardel em alguma noite mal dormida em alguma promessa de viagem em alguma música esquecida em alguma nova imagem em alguma gargalhada alta em algum olhar que falta a memória guardará a vida que se foi dispensando a lua dos retratos
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