sexta-feira, 15 de agosto de 2014

Coloridos espinhos






E sorvendo rituais
alheios, pessoais
plantar flores
ou venenos
 
o que pesa mais ?
 
palavra viva, diamante
mãos no fogo
viscerais
no meu caminho
algo se desfaz
 
o sangue, o vinho
as quinas, a lápide
apetite voraz
 
a visão arquivada no
peito, poeta é o que
meus olhos já viram
poesia, quiçá
 
coronárias, átrio vazio
memória afetiva
finge que engoliu
 
resposta (esperança)
não, não há mais
 










Adriane Lima
















Arte by Ricardo Celma

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