quinta-feira, 2 de julho de 2015

Saída de emergência

 
 
Amado
esse ver(soul)
de blues que me embriaga
traz água para minha sede
que nunca trago
 
Carrego entre parênteses
um grande estrago
 
Um pacto com a
mediocridade de viver
que me convida a ser só
 
As noites insones
indiferentes a toda dor
que me consome
 
Minha ambição
é sair pelas ruas vazias
olhar nos olhos
de um desconhecido
e entender que nele me identifico
 
Sou a glória personificada dessas
paredes cheias de memórias
o pó pesando nos móveis
sobrevivem aqui comigo
 
liberdade está lá fora
e não há nada que apague
a luz desse amanhecer
que vem de graça
e tenho pago um preço
...tão alto ...
 
 
 
 
 
 
Adriane Lima
 
 
 
 
 
 
Arte by Anton Kanchev

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