Amado
esse ver(soul)
de blues que me embriaga
traz água para minha sede
que nunca trago
Carrego entre parênteses
um grande estrago
Um pacto com a
mediocridade de viver
que me convida a ser só
As noites insones
indiferentes a toda dor
que me consome
Minha ambição
é sair pelas ruas vazias
olhar nos olhos
de um desconhecido
e entender que nele me identifico
Sou a glória personificada dessas
paredes cheias de memórias
o pó pesando nos móveis
sobrevivem aqui comigo
liberdade está lá fora
e não há nada que apague
a luz desse amanhecer
que vem de graça
e tenho pago um preço
...tão alto ...
Adriane Lima
Arte by Anton Kanchev
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