quarta-feira, 18 de janeiro de 2012

Janelas do medo




Dizer o que ao homem
propor viagens
esperas singulares
relatar memórias
viciá-lo de paixão?

Viver em seu próprio momento
como não entender o fogo
que foi morrendo
esse eterno retrocesso
feito de partidas

Embriaguez de vontades
rubro vinho feito sangue
buscando veia
taça espatifada ao chão

Sorve-lo como quem
alimenta perdões
mera satisfação do ego
e se essa recompensa
for o eterno jogo
de um poeta?

Saberei assisti-lo
e distraída buscarei
com perplexidade
toda essa soberba

Vinda do mesmo olhar
que ofertavas
em tua grandeza
e a paz de antigamente ...?


 


Adriane Lima
 




Arte by Serguei Ignatenko

Um comentário:

  1. Dizer o quê, a poeta/mulher Adriane Lima???
    ah... e se essa recompensa for o eterno jogo de um poeta! Em tua grandeza vai sim viciá-lo de paixão, mas guarde-se em meias, perto de meia hora e encoste seu ouvido sobre conchas... por certo ouvirás... um pré-amar(es)azul, a procura de um sincero fingimento que rodeia verdades... São matizes jazzísticas de que não fujo. beijos&ppoesias...

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