Tinha um oceano nos olhos
que iam e vinham
feito marés
uma boca que brilhava
feito estrelas
e um sorriso de céu distante
Pensamentos dissonantes
mãos leves para onde pousava a vida
acreditava no amor e em suas feridas
inventava lugares e novos mundos
Ah! Moça distraída
feita de tempestades
gostava de histórias antigas
reis, rainhas, castelos
criava-os sem ousadia
Caminhava às vezes
sem rumo pisando
com pés descalços
nas coisas do dia a dia
Tinha sempre uma alegria
no bolso, uma música
que tocava ao longe
e de sua janela via
horizontes emoldurados
Céus escarlates e dourados
em fins de tarde silenciados
flores marcavam suas costas
E uma corrente adornava o tornozelo
Ah, essa moça não
entendia porque a vida
a cercava de tanto zelo
cuidava dela com carinho
e lhe dava desejos em segredos
Adriane Lima
Olá, Adri!
ResponderExcluirSempre prazeroso visitar seu blog. Que texto belo.
Sim,tanto zelo para que essa menina, especialmente, escrevesse seus poemas, também para que eles chegassem até todos aqueles capazes de observar sua mágica arte de criar universos plausíveis.Quem sabe sobreviva em si essa menina!
Abraço,
Aureliano.
Adriane esta moça é um encanto, é poética é sonora, é humana por demais... bom estar aqui te lendo.
ResponderExcluirBeijos, boa semana.
Carmen.