Alguém lá em cima deve rir de meu dedo podre e caolho alguém lá em cima deve rir quando erro o tempero do molho alguém lá em cima deve rir de meus tropeços e presepadas alguém lá em cima deve rir de todas as palavras aqui trancadas alguém lá em cima deve rir das ausências em meu presente alguém lá em cima deve rir de todo tempo que fui ausente alguém lá em cima deve rir desse meu questionário humano alguém lá em cima deve rir de todos meus medos e enganos alguém lá em cima deve rir dos tombos que levei vida a fora alguém la em cima deve rir por tudo que já foi embora alguém lá em cima deve rir por todos os cabelos brancos que eu teimo em tingir alguém lá em cima deve rir de todas as dores que finjo não existir alguém lá em cima deve rir do que chamei poesia alguém lá em cima deve rir por minha vida estar vazia alguém lá em cima deve rir da eternidade do meu espírito alguém lá em cima deve rir dessa solidão impregnada onde rio de mim mesma ...
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