quinta-feira, 4 de agosto de 2016
Prosa para pessoas sensíveis V
É como sempre tenho dito:
me desculpe moço, mas aquilo
não era e nunca será amor.
Eram apenas duas almas solitárias
que vazavam fragilidades.
Acredite nisso, éramos corpos desejosos
que nunca se entregavam
Eu queria palavras vindas da alma
e não da boca para fora
Vivemos um jogo de ilusões
para nossas vidas ficarem leves
e não se desmancharem em dor.
Eu sei moço, você foi a melhor
mentira que já me foi contada.
O silêncio gritante em horas erradas.
Te perdoo moço, já que amar
é ter a vida bagunçada.
Dentro do meu peito há um coração
que pode ser renovado.
E te peço que me deixe guardar
as lembranças dos dias felizes,
com o tempo apagarei cicatrizes
e tudo que me feriu
Assim como te digo que a esperança dói
também digo:
não desperdice meu tempo
pois, com o coração eu me acerto.
Amor é quando a gente diz: eu gosto
e se desgasta.
Vai até o fim mesmo não conhecendo a estrada.
Nós...
não passamos da primeira curva.
Adriane Lima
Arte by Jedavu
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