Ás vezes fico pensando
que sou uma tela surrealista
Feita de sonhos,recortes e colagens
Assim bem imprevista,
Quase um filme, cheio de bobagens
Pronto a ter críticas mortais
Me veem conforme, suas exatidões
Sou como Gala metamorfoseada,
A sempre mulher amada
A espera na janela,
A dama de Dali, de costas na solidão
Estado de fantasia onde não abro mão
Outros momentos sou paisagens
Que ao longe se vê
Sou os campos de lavanda
Sou os Nenúfares de Monet
Estáticos, superficiais
No lago a se esconder
Ou o perfeito Beijo de Klimt
Onde braços se entrelaçam
Não há antes,nem depois
E um manto que os encobre
Pintor de alma feminina
Do abstrato que o absorve
Nem sei se sou estanque
Como uma natureza morta
Que são fáceis de prever
Se de tristeza ou alegria
Nos detalhes aqui pintados
Há o lado Quixotesco
Sempre preso no tempo
Aquilo que foi me dado e
Aquilo que eu invento
Surreal ou natural
Onde o estilo não importa
O impossível de viver,
Sempre bate em minha porta
Adriane Lima
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