terça-feira, 18 de outubro de 2011

Velhas súplicas



A dor que encosta
em meu corpo
não permanece
flutua

já é dormente
vida que voa
e tua voz ecoa
em minha alma

e permanece
tão incrustada
meu peito cala
eternamente

Pássaro noturno
que em total
anonimato
me roubou
o sono

Onde vou?

Esperava um milagre
um dia a certeza
de minhas
acostumadas
tristezas
terem um fim

Mas tudo foge
pássaros, sonhos
paredes , mãos

Minha guarida
insistindo aguarda
palavras de amor
como a noite
aguarda o sol










Adriane Lima

2 comentários:

  1. Oi de novo Adri! Vim retribuir a gentileza e seguir-te. Sim, eu conheço o andar de um poeta e sei que tudo que escreves vem de dentro de um coração inspirado e sensível como as borboletas...
    um abraço! Volto sempre

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  2. "(...)
    minha guarida
    insistindo aguarda
    palavras de amor
    como a noite
    aguarda o sol..."

    Lindo demais! Deliciosamente belo!

    Beijos!

    ResponderExcluir

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