Todos os dias nasce uma flor
morre um amor
nasce uma dor
morre, nasce
nasce, morre
- intensifica
esse movimento de nascer e morrer
caleidoscópica sede de viver
teia feita de frente e verso
por emaranhados sentimentos de angústia
as certezas contidas
nos gestos confusos
as palavras soltas
nos sonhos malditos
as trêmulas pernas
nas mãos em espera
-corpos jogados ao vazio-
exato mesmo é que se nasce
é que se morre
não o que se diz
nem o que se sente
latente é quando
o amor não se traduz
joga-se a semente à espera da flor
mais certo é compreender
que todas as perguntas são fúteis
quando estamos felizes
Talvez seja esse o
inútil passar do tempo lá fora
Adriane Lima
Arte by Alberto Pancorbo
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