A alma humana
tantas vezes cartesiana
tem medo de ficar
do lado escuro
de pular o muro
e fica a espreitar
as tristezas
as nódoas do tempo
O cotidiano
feito em desamor
que provoca a dor
que desanima
joga a poeira
em cima
mascarando a vida
Mas há um sol lá fora
uma festa de grandezas
entre um Deus e a natureza
que nos inunda de amor
A alma tem o tom
que inflama
de acordo com a chama
que a vida transpõe
Não soterre sentidos
Não mate o amor
não cale em silêncio
tuas dores teus ais
O peito ferido
é apenas um pedido:
Só se desencante
o dia em que não
puderes ver a flor
e não acreditar mais no amor
Adriane Lima
Arte by Mark Arian
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